Há algo de fascinante e, ao mesmo tempo, perigoso nas decisões que Eva e Alba estão prestes a tomar.
A atitude da polícia, ao descartar as suspeitas sobre Lukenia por falta de provas concretas, é frustrante, mas compreensível num sistema que exige evidências sólidas. Ainda assim, esta burocracia empurra tia e sobrinha para uma linha muito fina entre o desespero e a imprudência.
Ao decidirem investigar por conta própria, entram num terreno incerto. Será que estão realmente preparadas para lidar com o que vão encontrar? Ou, pior ainda, será que estas ações podem agravar a situação de Joel e Mendonça?
Por outro lado, o drama entre Leonor, Becas e Mafalda mexe comigo de uma forma completamente diferente. Becas é uma bomba-relógio emocional. O atropelamento que ela esconde é um segredo corrosivo, e agora, com Leonor a pedir-lhe que olhe por Mafalda, a situação ganha contornos ainda mais sufocantes.
Este pedido é cruel para ambas: Leonor, sem saber, está a pressionar Becas de uma forma desumana, enquanto Mafalda continua à procura de respostas que podem devastar o seu mundo. Não consigo deixar de me perguntar: será que a verdade vai finalmente vir à tona? E, quando isso acontecer, como é que Mafalda vai reagir?
E depois há Eduardo. O facto de estar a trabalhar como entregador de comida, aparentemente longe de tudo, é uma escolha que levanta questões. Fugir dos problemas é uma solução temporária, mas não elimina os danos que ficam por resolver.
Eduardo está a evitar confrontar Mafalda e, talvez, a si mesmo. Mas será que ele pode mesmo ficar afastado para sempre? Acredito que o regresso dele ao centro da história será inevitável e, muito provavelmente, explosivo.
Se há algo que "A Fazenda" tem feito bem, é dar-nos estas situações limite, onde cada decisão tem consequências irreversíveis. Espero que os próximos episódios sejam tão intensos quanto prometem, mas também temo pelos caminhos que estas personagens estão a tomar. Nem todas as verdades que vêm à tona são libertadoras, e nem todas as ações desesperadas são justificáveis.
Estou pronto para me deixar surpreender – ou talvez devastar – pelos desfechos. Que venha o próximo capítulo desta história intrincada.
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