Violento no passado, violento no presente. Maria tinha todos os motivos para se afastar do ex-marido, mas depois de muitos anos de separação, acredita que podem voltar a ser felizes. Pura ilusão! Apesar de o casal ter renovado os votos, Maria volta, aos poucos, a desiludir-se com Luís. Ele continua a ser o mesmo homem instável, controlador e ciumento. Não gosta de a ver bem vestida e já a esbofeteou só porque o telemóvel dela ficou sem bateria quando saiu para jantar com a Soraia e a Elsa. No entanto, um momento brutal leva a Maria a tomar uma decisão drástica.

Violência à porta fechada
À noite, a Maria acaba de vestir uma camisa de noite. O Luís olha para ela, com desejo, e diz: "Tive um dia horrível, preciso mesmo de ti...". E puxa-a para si. Mas a Maria quer apenas descansar. "Também tive um dia muito pesado, Luís, não estou com disposição". Ela solta-se dele, abre a cama e sente-se nervosa.
O Luís não desiste. "Não pensas em mim, como eu penso em ti, é isso, não é? Pensas em quem?", provoca, deixando-a ainda mais tensa. Ela deita-se, mas ele continua. "Não tenho disposição, Luís", diz. Ele responde: "Daqui a nada, vais ter. Vim o mais rápido que...". Ele interrompe-se ao ver a Maria a dirigir-se para a porta. "Vou ver se a Verónica precisa de ajuda com o menino". Antes de ela sair, o filho da Lurdes tranca a porta. "A Verónica sabe cuidar do filho. Nós também merecemos o nosso tempo", comenta. Em seguida, beija-a e começa a desabotoar a camisa de noite.
"Não quero, Luís", diz ela, receosa.
É então que ele empurra-a com força para a cama, e ela cai de costas. A chorar, suplica num fio de voz: "Luís, não".

Maria ganha coragem e faz queixa
No dia seguinte, Maria vai ter com a Laura e desaba a chorar. A filha corre para a abraçar. Preocupada, pergunta: "O que é que se passa? É a história da Verónica e do Tomás? Não tens de te preocupar com isso, eu...". A Maria interrompe-a: "É o teu pai". Laura fica séria e a mãe acena com a cabeça. "Não vos quis preocupar e tive vergonha de falar, tanta vergonha de ter caído outra vez na conversa do bandido, falhei, Laura, falhei-vos outra vez".
Laura apoia-a, incentivando a mãe a denunciar o pai. "Tens razão. Eu sei que tens. Vamos à polícia, sim, chega disto, chega".
Mais tarde, Luís entra em casa, preocupado por a Maria não lhe ter atendido o telemóvel. Ela espera-o, de pé, na sala. "O que é que é isso?", pergunta, ao ver dois sacos de viagem no chão, ao lado dela. Maria explica: "As tuas roupas. Vais sair desta casa agora. Fui à esquadra e fiz queixa de ti por violência doméstica".
Luís fica incrédulo e assume não aceitar que Maria o tenha denunciado. "Atreve-te a tocar-me com um dedo que seja". Ele insulta-a: "És mesmo burra. Achas que a polícia vai acreditar numa tonta como tu, que nem os filhos soube criar? Cada um pior que o outro. Uns imprestáveis". Ela não cede: "Os agentes estavam muito atentos ao meu depoimento e aos horrores que lhes contei".
Luís tenta agredir Maria
Enfurecido, Luís avança para Maria, chamando-lhe nomes duros. Mas é nesse momento, que Laura aparece vinda da cozinha. "Não te atrevas! Tocas-lhe com um dedo e ela vai ter testemunhas". Apanhado de surpresa, o Luís desvaloriza: "Então, isso é maneira de falar com o teu pai? Ninguém vai tocar em ninguém, estávamos só a conversar". Maria aproveita para o mandar embora: "Pega nas tuas coisas e vai-te embora".
Fonte: Telenovelas e SIC