Para mim, esta é mais uma vitória – não só para ele, mas para o cinema português e, sinceramente, para todos nós que queremos ver o nosso país brilhar lá fora.
Inspirado na vida da realizadora, "Honeyjoon" narra a história de Lela, uma mãe curdo-persa, e da sua filha June, que, após uma perda recente, tentam reencontrar a alegria de viver. Em fuga para os Açores, encontram-se rodeadas por casais em lua de mel, o que contrasta com a complexidade e fragilidade da sua relação. O enredo aborda temas profundos ligados ao movimento "Mulher, Vida, Liberdade", que ganhou notoriedade após os protestos no Irão em 2022, na sequência da morte de Mahsa Amini.
No elenco, além de José Condessa, estão Ayden Mayeri ("Jackpot!") e Amira Casar ("Chama-me Pelo Teu Nome"). A realizadora Lilian T. Mehrel descreveu o trabalho com este elenco como “um sonho”, destacando a profundidade e autenticidade que cada ator traz às suas personagens.
A produção, uma co-parceria entre Portugal e os Estados Unidos, conta com Andreia Nunes, da Wonder Maria, como produtora associada. O projeto foi financiado com um milhão de dólares (cerca de 935 mil euros) pelo Festival Tribeca, que este ano teve uma edição em Portugal, reforçando o apoio ao cinema independente e diversificado.
Nas redes sociais, José Condessa expressou o seu entusiasmo em regressar a São Miguel, onde já tinha gravado "Rabo de Peixe", descrevendo-a como uma “ilha mágica”. Esta nova aventura cinematográfica consolida o percurso do ator no cenário internacional, depois do seu aclamado trabalho na curta-metragem "Estranha Forma de Vida", de Pedro Almodóvar.
"Honeyjoon" vai ter estreia mundial no Tribeca Film Festival, em 2025, e promete emocionar o público com uma história de superação, relações humanas e beleza natural, numa produção que destaca os Açores como um destino de excelência para o cinema internacional.
A estreia em Portugal ainda não é conhecida.O filme é gravado em São Miguel, nos Açores, e isso deixa-me ainda mais entusiasmado. Quem já esteve naquela ilha sabe o quanto ela é especial – as paisagens parecem saídas de um sonho, e a energia que se sente lá é única. Não consigo imaginar cenário mais perfeito para um enredo tão delicado e cheio de significado como este. A ideia de juntar a beleza natural dos Açores com uma história que fala de perda, reconciliação e liberdade é, para mim, genial.
E depois há o tema do filme. "Honeyjoon" não é só mais uma história – é uma obra com uma mensagem poderosa. Quando penso nos protestos no Irão em 2022 e na força das mulheres que gritaram por liberdade, sinto que este filme vai tocar em algo profundo. E saber que Portugal, de alguma forma, faz parte desta mensagem é emocionante. Às vezes, esquecemo-nos do impacto que podemos ter no mundo, e este projeto vem lembrar-nos disso.
Não posso deixar de falar sobre o próprio José Condessa. Este rapaz não para de surpreender. Desde "Rabo de Peixe" até agora, ele tem mostrado que não tem medo de sair da zona de conforto e que quer mais para a sua carreira. E ele merece. Há algo de autêntico nele – aquela paixão e entrega que sentimos em cada papel. Ver alguém com esta ambição e talento a ganhar espaço no cinema internacional é inspirador. Faz-me acreditar que, se tivermos coragem, conseguimos alcançar o que quisermos.
Outra coisa que me enche de esperança é o facto de "Honeyjoon" ter o apoio do Festival Tribeca e de produtoras que acreditam no cinema independente. Estamos tão habituados a ver os grandes blockbusters dominarem tudo que, quando surge um projeto assim, sentimos que ainda há espaço para histórias que nos fazem refletir.
Saber que o filme vai estrear no Tribeca Film Festival, em 2025, deixa-me ansioso. Só espero que a estreia em Portugal não demore muito, porque estou mesmo curioso para ver o resultado. Mais do que isso, quero sentir aquela emoção de ver um filme que junta o talento português a uma mensagem universal.
No fundo, "Honeyjoon" é mais do que um filme – é uma afirmação. É a prova de que temos talento, paisagens, histórias e pessoas capazes de criar algo que o mundo inteiro vai querer ver. E, pessoalmente, fico com aquela sensação boa de que estamos no caminho certo. José Condessa está a abrir portas, e acredito que, com ele, muitos outros talentos portugueses vão seguir o mesmo rumo.
Para mim, este filme é uma celebração – do nosso país, da nossa cultura e do que somos capazes de fazer quando acreditamos no nosso potencial. Mal posso esperar para ver São Miguel no grande ecrã e sentir que, de alguma forma, também faço parte desta história.