Casa Feliz, o talk show matinal da SIC, está diferente. Após quase quatro anos no ar, o programa de Diana Chaves e João Baião foi alvo de uma renovação total no cenário. A nova versão estreou esta semana e trouxe uma mudança estética evidente, mas será que esta transformação foi para melhor?

Nova casa, nova dinâmica?

Se há algo que a SIC faz bem, é reinventar os seus programas sem desvirtuar a sua essência – e foi exatamente isso que aconteceu com a Casa Feliz. O novo cenário mantém o conceito de uma casa acolhedora, mas agora aposta num estilo mais moderno e clean. Sai o ambiente de casa de campo e entra uma vibe mais sofisticada, com elementos contemporâneos e uma paleta de cores neutras.

A grande aposta foi a integração dos espaços: a sala de estar, a zona da cozinha e a mesa de jantar estão agora mais conectadas, permitindo uma maior interação entre apresentadores, convidados e público. Essa mudança faz sentido? Sim. O programa precisava de um refresh, algo que evitasse a sensação de estagnação e trouxesse mais fluidez à conversa.

Mas onde está o calor humano?

Apesar das mudanças positivas, há quem sinta falta da atmosfera mais acolhedora da antiga Casa Feliz. Antes, o programa parecia literalmente uma casa onde os telespectadores eram recebidos como convidados. Agora, há um certo ar de estúdio demasiado polido, o que pode afastar aquela sensação de proximidade que sempre foi uma das marcas do formato.

A cozinha, por exemplo, perdeu um pouco daquele toque rústico e familiar. Sim, está mais funcional e organizada, mas será que não se tornou demasiado fria? Este é um ponto que pode dividir opiniões entre os fãs do programa.

O que se mantém e o que muda no conteúdo?

Uma renovação estética só faz sentido se vier acompanhada de uma reformulação de conteúdos. Neste aspeto, a SIC parece ter jogado pelo seguro. O formato mantém-se praticamente inalterado, apostando nos mesmos ingredientes que garantiram o seu sucesso: entretenimento leve, boa disposição e muita cumplicidade entre João Baião e Diana Chaves.

O próprio Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC, fez questão de garantir que a mudança foi apenas visual e que a dinâmica se mantém. Isso é positivo, pois demonstra que o canal não quis arriscar perder a identidade do programa.

Mudança necessária ou apenas cosmética?

A SIC apostou numa renovação visual de ‘Casa Feliz’, mas será que esta mudança era realmente necessária? A resposta pode depender da perspetiva. Para quem valoriza a modernidade e a atualização dos formatos, a nova versão do programa é um passo na direção certa. No entanto, para quem via no cenário antigo um refúgio de conforto e familiaridade, a mudança pode parecer desnecessária.

Ainda assim, há algo inegável: João Baião e Diana Chaves continuam a ser a alma do programa. O cenário pode mudar, os detalhes podem ser refinados, mas a essência de Casa Feliz permanece. Se o público vai ou não aprovar a renovação a longo prazo, só o tempo dirá.

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