Apesar de uma curta passagem pela SIC, é a TVI que Cristina Ferreira considera "sua". Os últimos dois anos foram turbulentos e viveram-se dias agitados na estação do grupo Media Capital. Quando regressou à TVI, em setembro de 2020, a apresentadora voltou com muitas ideias, mas Nuno Santos travou algumas. "A relação entre a Cristina e o Nuno foi muito tensa no início", começa por dizer uma fonte que acompanhou de perto a convivência entre os dois.
"O Nuno sabe muito de televisão e tem uma grande experiência. Já a Cristina é uma excelente apresentadora e no início estava a apalpar o terreno. O choque entre eles foi inevitável", recorda. Porém, a mudança de Nuno Santos para dirigir a CNN Portugal, deixaram de ter um contacto tão próximo e a convivência tornou-se mais fácil, sem um clima de hostilidade. "É curioso que o Nuno e a Cristina têm agora uma relação ótima. Os dois estão a trabalhar na mesma direção para conseguir o mesmo objetivo, que é recuperar a liderança das audiências."
Já este ano, Mário Ferreira decidiu trazer José Eduardo Moniz para os comandos da TVI e é aí que começa um novo confronto. "Não há porque esconder. A relação dela com o Moniz foi mesmo muito difícil no início, agora, muitas das diferenças entre eles estão ultrapassadas. Cada um tem o seu papel, assume as suas responsabilidade e obrigações, com respeito um pelo outro."
Na festa de aniversário da TVI Ficção, o diretor-geral do canal realçou os trabalhos de cada um deles. "Estamos a trabalhar normalmente todos os dias. Por vezes, temos longas reuniões. Cada um está na sua função e cada um sabe o que tem de fazer para levar a TVI ao sítio que queremos que seja ocupado. O nosso objetivo é que a TVI seja uma referência em Portugal."
Sobre possíveis divergências, esclareceu que existem, mas são algo natural: "Concordâncias e discordâncias fazem parte da vida. Estou disponível para lutar por aquilo em que acredito, com respeito pela opinião dos outros".
O mais recente "choque" entre os dois foi a ideia de incluir famosos e anónimos na mesma casa do Big Brother. "A ideia de ter anónimos e famosos foi única e exclusivamente da Cristina. O Zé Eduardo não estava confiante, mas a Cristina insistiu que era uma tendência mundial. O Zé Eduardo acabou por embarcar na ideia, mas com muitas ressalvas", conta uma fonte envolvida na produção. "Foi a própria Cristina quem acabou por dar a mão à palmatória e admitir que se calhar deviam apenas ter colocado caras anónimas. Mas já estava tudo em processo e não havia nada a fazer. Por isso é que de então para cá só entraram anónimos", reitera a mesma fonte à TvMais.
Também na ficção houve quezílias entre os dois responsá-veis. E no início do ano, aquando da pré-produção de "Rua das Flores", chegaram mesmo a ter fortes divergências. Tudo porque o diretor-geral nunca acreditou no sucesso da novela e chegou a tentar dar-lhe a volta antes mesmo de começar a ser gravada. A TvMais, de resto, chegou a dar-lhe conta de tudo o que aconteceu. Hoje, parecem estar cada vez mais