Não é surpresa para ninguém que Diana Chaves é um dos maiores trunfos da SIC. Seja de manhã, a conduzir o "Casa Feliz" ao lado de João Baião, ou à noite, como anfitriã de “Casados à Primeira Vista”, a apresentadora tem demonstrado uma versatilidade e resiliência que não é comum encontrar no panorama televisivo atual.
Mas será que a SIC depende demasiado de Diana Chaves? Este regresso à “dose dupla” levanta a questão de até que ponto o canal recorre sempre aos mesmos nomes para sustentar os seus formatos de maior visibilidade. A apresentadora já revelou, em declarações passadas, que este ritmo é “intenso” e “muito cansativo”. Apesar de admitir que gosta da adrenalina, o cansaço é inevitável e não deixa de ser curioso perceber como a SIC insiste em desafiar a capacidade dos seus rostos mais confiáveis.
Diana não é apenas apresentadora. É uma garantia de sucesso, seja no entretenimento leve das manhãs ou na complexidade emocional de um formato como “Casados à Primeira Vista”. A química com João Baião continua a ser uma das maiores forças de “Casa Feliz”, enquanto o seu trabalho na “experiência social” tem sido marcado pela empatia e seriedade. Porém, não podemos ignorar que, para a própria, este equilíbrio entre gravações e diretos representa um esforço monumental.
Se por um lado é louvável que Diana Chaves continue a aceitar desafios, por outro, questiona-se até quando esta “bombeira de serviço” estará disponível para apagar todos os fogos da grelha de programação. Não será altura de a SIC diversificar as suas apostas e apostar noutras caras?
Há mérito na dedicação de Diana Chaves e na forma como consegue equilibrar a vida profissional e pessoal – sobretudo num ambiente mediático tão competitivo. O sucesso, claro, não é apenas dela. A SIC sabe que tem em Diana uma figura cativante, que mistura profissionalismo com um carisma natural. Mas é preciso cuidado para não desgastar esta “fórmula mágica”.
Enquanto telespetadores, resta-nos admirar a dedicação de Diana e aproveitar o que ela traz de melhor ao pequeno ecrã. No entanto, fica o alerta: por vezes, os maiores talentos também precisam de tempo para respirar.