Fábio Porchat atravessou o Oceano Atlântico com a missão de mostrar ao longo das próximas seis semanas "o que hoje é Portugal e o que foi um dia", numa série documental, que estreou no passado sábado, 22 de outubro.
"Quando o Ivan me convidou para este desafio, eu perguntei-lhe se não seria melhor chamar um português, mas ele disse: 'Quero o olhar de uma pessoa que tenha carinho por Portugal, mas que se surpreenda.' Com esse programa, consegui viajar e aproveitar", contou o artista.
O brasileiro não tem dúvidas de que o desafio foi incrível e não esperava encontrar "um povo tão aberto". "Em Mafra, até fico muito recoso de contar isto, mas vou contar porque é divertido demais. Na biblioteca, uma funcionária disse-me que podia ver livros muito antigos. Mostrou-me uma Bíblia de 1500, o Brasil ainda nem estava lá. Abri a Bíblia, fui virando as páginas, meio emocionado, até que ela pensou que eu já tinha parado e pôs a mão sob o livro, e nisto eu virei a página e rasgámos a Bíblia de 1500! Mas foi um pedacinho muito pequeno. Eu entrei para a História de Portugal. Quando, daqui a 1500 anos, alguém abrir aquilo, vai dizer: que rasgo é esse? 'Foi Fábio Porchat, que esteve aqui um dia.' Até esse tipo de vandalismo eu fiz, eu vim para destruir arquivos de 1500, mas foi uma viagem inesquecível por Portugal e espero voltar a fazer mais uma viagem
destas", recordou, entre risos.
José Fragoso, diretor de Programas da RTP, garante que esta temporada está fechada, mas Porchat não fecha a porta a um possível regresso a Portugal.