O Tribunal de Santarém iniciou, esta terça-feira, dia 24, o julgamento do caso da morte da cantora Sara Carreira, estando acusados de homicídio por negligência três dos quatro arguidos, entre os quais o cantor Ivo Lucas e a fadista Cristina Branco.
Ivo Lucas foi o primeiro a chegar ao Tribunal. Tony Carreira chegou logo depois e pediu aos jornalistas ali presentes, para "escreverem aquilo que é verdade".
O julgamento começa com a magistrada a narrar a história, explicando que Paulo Neves seguia na A1 depois de ter ingerido bebidas alcoólicas. "No mesmo sentido da marcha circulava Cristina Branco com a filha. Ao quilómetro 60, a arguida circulava entre os 114 e os 120 km/h", afirmou a juíza. "Não circulava com atenção, não reduziu a velocidade, nem se desviou do carro de Paulo Neves. Depois deixou o veículo imobilizado e foi para a berma. Embate ocorreu porque Paulo Neves circulava a uma velocidade inferior à permitida por lei", acrescenta.
É então que, por volta das 19H, Ivo Lucas, que trazia o carro de Sara Carreira, a uma velocidade a rondar os 130 km/h, embate no carro de Cristina Branco. "O veículo capota e bate contra a barra de segurança e fica imobilizado. Lesões de embate foram a causa direta da morte de Sara", continua.
Minutos mais tarde, já depois do embate do carro de Sara, e com ele na berma, Tiago Pacheco, que seguia na via central, mudou para a faixa da esquerda em excesso de velocidade. "Estava perto do acidente e não reduziu a velocidade", acrescenta a magistrada sustentando que Tiago não se conseguiu desviar e acabou por embater no carro onde estava Ivo e Sara.