Vítor de Sousa: um silêncio que preocupa

Aos 78 anos, Vítor de Sousa vive isolado, mergulhado numa depressão. Simone de Oliveira mostra-se preocupada e relata o silêncio que tem marcado a vida do ator nos últimos tempos.

Vítor de Sousa: um silêncio que preocupa
Vítor de Sousa. Foto: CM

Há silêncios que pesam, e o de Vítor de Sousa tem deixado muitas pessoas inquietas. A notícia chega pela voz emocionada de Simone de Oliveira, que há muito conhece o ator. Aos 78 anos, Vítor está isolado em casa, sem contacto com o exterior, mergulhado numa depressão profunda que o tem afastado de tudo e de todos.

Simone, que vive atualmente na Casa do Artista, em Lisboa, já tentou de tudo: chamadas telefónicas, mensagens, até pediu ajuda a um médico amigo, mas nada parece quebrar este afastamento. "Ele não atende ninguém. Não vai à rua. Ninguém sabe o que se passa", confessou à Nova Gente.

Esta não é a primeira vez que Vítor enfrenta algo assim. Em 2012, depois de terminar a novela 'Remédio Santo', passou por um período negro, com uma depressão que se cruzou com problemas de saúde – na altura, a diverticulose, uma doença que provoca dores abdominais e que o fragilizou bastante.

Ao longo da vida, o ator teve vários momentos difíceis. Cresceu sem pai, foi criado por um padrasto violento, e embora reconheça o papel que este teve na vida da mãe, nunca conseguiu criar uma ligação. Em 2019, numa conversa com Júlia Pinheiro, falou disso tudo: da violência, das dores do passado e da força para seguir em frente.

Também partilhou, com a honestidade que sempre o caracterizou, que é um homem de paixões fortes. Em 2010 assumiu a sua bissexualidade e não escondeu que passou por desgostos de amor intensos, um deles tão forte que quase o levou ao limite.

A perda da mãe, em 2009, deixou-lhe uma ferida que nunca sarou. Desde então, o afastamento da representação, agravado durante a pandemia, tornou-se mais evidente. Em 2021, num desabafo no 'Você na TV!', confessou que os fins de tarde o deixavam em dor e angústia. Sentia falta do teatro, das luzes, da adrenalina de estar em palco. Sentia falta da vida.

Agora, o silêncio volta, mais pesado. E as pessoas que o estimam continuam à espera que ele volte a abrir a porta. Que diga que está tudo bem. Ou que, pelo menos, peça ajuda.